sexta-feira, 14 de setembro de 2007
1940 - 1950
Com o final da Segunda Grande Guerra, em 1945, a esperança renasce numa Europa mutilada, mas com vontade de se erguer. A Europa deixa de ser o centro do mundo, e são agora as duas superpotências emergentes, os Estados Unidos e a União Soviética, que se digladiam pelo poder e pelo reconhecimento mundial. Em 1943, Saint-Exupéry, piloto da aviação francesa, através do seu grande êxito O Principezinho, oferece ao mundo, através das crianças, uma mensagem de amor para os adultos. Dois anos depois, Karl Popper, filósofo austríaco, edita A Sociedade Aberta e os Seus Inimigos, como expressão da sua acérrima defesa dos regimes democráticos pluralistas.
Originariamente intitulado A Casa das Traseiras, mas mundialmente conhecido como O Diário de Anne Frank, este livro, escrito por uma adolescente judia alemã, narra o período em que ela e mais oito pessoas se mantiveram escondidas das forças nazis numa pequena cave em Amesterdão.
Nos finais da década de 50, Benjamin Spock, experiente em pediatria e psiquiatria e o autor mais famoso de livros de puericultura, recentemente falecido, edita O Livro do Senso Comum de como Cuidar de Bebés e Crianças, uma verdadeira Bíblia seguida por várias gerações de pais, cuja particularidade mais interessante reside no facto de aconselhar os pais a confiarem na sua intuição e bom senso para crescerem juntamente com os seus filhos. Em 1949, também o feminismo assiste ao nascimento da sua Bíblia, escrita pela caneta caprichosa de Simone de Beauvoir. O Segundo Sexo poderá ser considerado como o primeiro ensaio sério acerca da emancipação feminina, e o êxito que obteve deve-se, em parte, ao escândalo que causou, tendo sido proibido pelo Vaticano e vorazmente lido por uma grande maioria de mulheres. A sombra do totalitarismo, que escureceu a vida de tanta gente durante os anos do nazismo, adquire um novo cenário criado pelo famoso George Orwell no seu não menos famoso 1984. O mundo seria regido por um poder único, controlado pelo Big Brother, que vigiaria todos os nossos passos e não deixaria lugar para qualquer tipo de privacidade.
Pela Estrada Fora, de Jack Kerouac, espelha a revolta pelo conservadorismo social, enaltecendo os valores dos sentidos, da vivência do maior número de experiências possível, através de uma viagem sem destino, na qual o sexo, as drogas e a satisfação pessoal representam a única norma a seguir. Este livro viria a influenciar o movimento de contracultura americana, que iria atingir o seu ponto máximo na década de 60.
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