domingo, 2 de dezembro de 2007

Inglês condenado a prazo

No mundo, o Mandarim ditará cartas; na Europa, voltam o Alemão e o Francês


Um dos resultados do actual boom chinês, segundo várias projecções: em 2050, o Inglês terá perdido, a favor do Mandarim, a sua posição hegemónica enquanto língua internacional. Um estudo do Laboratoire Européen d"Anticipation Politique (LEAP), responsável pelo site Europe 2020, confirma-lhe a decadência a prazo: dentro de uma geração, o Inglês estará reduzido à sua condição de língua veicular (língua internacional), cada vez mais pobre em vocabulário à medida que for diminuindo o número dos que o têm como idioma de origem. O LEAP frisa que isso já está a acontecer. Nos EUA, devido sobretudo ao crescimento demográfico da comunidade hispânica. Outras projecções: em 2025, o Espanhol será uma das línguas europeias internacionais, enquanto o Russo confirmará o seu lugar enquanto idioma veicular da Europa eslava.


O novo comissário europeu para o multilinguismo, Leonard Orban, chama a atenção para o seguinte: fruto de uma aposta das autoridades de Pequim, são também cada vez mais os chineses que estão a aprender línguas europeias, mas os europeus continuam, na sua grande maioria, a ignorar o Mandarim.

Por enquanto, na UE, o Inglês continua a ser a língua estrangeira mais falada (38 por cento dos cidadãos europeus dizem conseguir fazê-lo), mas, enquanto língua materna, já perdeu terreno para o Alemão. Um estudo do Laboratoire Européen d"Anticipation Politique (LEAP), responsável pelo site Europe 2020, confirma-lhe a decadência a prazo: dentro de uma geração, o Inglês estará reduzido à sua condição de língua veicular (língua internacional), cada vez mais pobre em vocabulário à medida que for diminuindo o número dos que o têm como idioma de origem.
O LEAP frisa que isso já está a acontecer. Nos EUA, devido sobretudo ao crescimento demográfico da comunidade hispânica. No Reino Unido e na Irlanda, por força do ressurgimento das línguas independentistas. Em alta, no futuro próximo, estará o Alemão. Mas também, de novo, o Francês, em grande parte devido a um forte crescimento demográfico. Na UE de hoje, encontram-se em segundo lugar enquanto língua estrangeira mais falada (14 por cento). Com seis por cento de adeptos, o Espanhol e o Russo são os outros idiomas mais conhecidos na União Europeia. Outras projecções: em 2025, o Espanhol será uma das línguas europeias internacionais, enquanto o Russo confirmará o seu lugar enquanto idioma veicular da Europa eslava.

C.V. no Público

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