sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Sigam-nos

Mudámo-nos para um novo endereço. Apareçam, basta clicar aqui.

100 Livros do Seculo XX

"Como é que uma exposição sobre 100 livros se conta? Não se conta, vê-se. Por isso, o que tentámos fazer ao escrever este texto foi estimular uma ida ao Centro Cultural de Belém para, no espaço próprio, ver como se fez esta exposição e as surpresas que ela nos oferece. As obras que escolhemos reflectem uma opinião nossa, naturalmente subjectiva. Contudo, no fim do artigo informamos quais são os 100 livros da exposição.
E para que a memória mais tarde não o traia, nada melhor do que adquirir o catálogo superiormente escrito por Fernando Pinto do Amaral."

"Enquadrada no Festival dos 100 Dias, da Expo’ 98, está patente no Centro Cultural de Belém uma exposição que relembra através dos livros os caminhos da humanidade ao longo deste século. A ser vista com carácter de urgência até 21 de Maio"
link original

1900 - 1910

Este período de tempo viu-se marcado pela eclosão da Primeira Grande Guerra Mundial, que influenciaria o mundo: a vitória bolchevista na Rússia e o nascimento de novas nações são os factos mais gritantes. Os livros que surgem nesta vintena de anos denotam também os grandes progressos científicos que se fizeram sentir.
Foi precisamente no ano de 1900 que Sigmund Freud deu a conhecer ao mundo A Interpretação dos Sonhos. Para os especialistas este é o primeiro livro que elabora algumas das teorias que mais tarde viriam a estruturar a psicanálise. Passados quase 100 anos continua a ser uma obra de referência.
Um ano depois, e ainda na Moscovo imperial, Anton Tchekov lança Três Irmãs, uma obra teatral que foi escrita por encomenda para o Teatro de Arte de Moscovo. Esta obra, que foi uma das suas últimas, prova como o autor sabe sugerir sentimentos sublimes.
Quando em Portugal se derrubava a Monarquia, em 1910, em Paris uma cientista originária da Polónia, de seu nome Marie Curie, lançava o Tratado da Radioactividade, fruto de muitos anos de experiências juntamente como o seu marido, Pierre Curie. Recebeu duas vezes o Prémio Nobel (o da Física, em 1903, e o da Química, em 1911), sendo até hoje a única pessoa a conseguir tal proeza.
Em 1917 Ezra Pound começou por lançar, em Nova Iorque, alguns dos seus primeiros Cantos, os quais continuou a escrever ao longo de 50 anos. Três anos depois é publicado em Lisboa um dos livros de poesia mais belos: Clepsydra, de Camilo Pessanha. Este volume reúne o essencial da obra de Pessanha e foi dado a conhecer quando o autor já contava 53 anos e se encontrava em Macau.

1920 - 1930

Se existem vintenas de anos importantes durante o século xx esta é com certeza uma delas. Senão atente-se no seguinte: entra-se de uma vez por todas na modernidade, os hábitos de vida alteram-se radicalmente, os estúdios de Hollywood passam a utilizar o som e solidificam-se como indústria. Mas não é só: o grande crash americano de 1929 leva grande parte do mundo a uma recessão económica e provoca a ascensão dos nazis na Alemanha. 
Logo no início de 1921, Luigi Pirandello, um italiano conhecido como prosador, descobriu a sua vocação teatral, especialmente através da obra Seis Personagens à Procura de Autor, que colocou em causa o mito da representação naturalista. A obra, que foi um fracasso na estreia, acabou por ser encenada por grandes vultos do teatro, como Max Reinhardt e Bernard Shaw.
O ano de 1922 vai ficar na história da humanidade por muitos milhares de anos, pois é lançado O Significado da Relatividade, de Albert Einstein. A obra, que é composta por quatro conferências proferidas pelo autor, procura explicar as suas ideias, que vieram revolucionar radicalmente as bases da velha física newtoniana. 
No mesmo ano em que Einstein publica as suas conferências em livro, James Joyce leva finalmente às bancas, em Paris, o Ulysses. O livro, que retrata a experiência de três personagens — Leopold Bloom, um judeu francês, e a sua mulher adúltera, Molly Boom, e um escritor francês, Stephen Dedalus —, consegue ser brilhante pela forma como acompanha o universo de cada um deles, através da técnica corrente de consciências, que tenta reproduzir as oscilações constantes das personagens.
Também na capital francesa, embora dois anos depois, é publicado o Manifesto do Surrealismo, de André Breton, que marcou de uma forma profunda o surgimento dos surrealistas franceses. O surrealismo de Breton manter-se-ia fiel à liberdade e à independência.
Também em 1924 Thomas Mann publica A Montanha Mágica, para muitos o melhor romance do século xx. É um livro angustiante, centrado no dia-a-dia de um sanatório e interpretado por um personagem crente nos valores positivos da vida, mas que será envolvido pelo turbilhão da guerra.
Do outro lado do Atlântico, mais precisamente em Santiago do Chile, é editado, no mesmo ano, o livro referência do grande poeta Pablo Neruda intitulado Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada. Foi, à semelhança de Breton, um dos grandes impulsionadores do surrealismo.
Um ano depois, no coração da Europa, mais precisamente em Munique, o ex-presidiário Adolf Hitler publica a sua inocente autobiografia (escrita durante os dois anos que esteve preso por tentativa de golpe de Estado) intitulada A Minha Luta. Nesse seu livro, Hitler define as razões da crise económica alemã (os judeus) e lança as sementes para um dos períodos mais sangrentos e vergonhosos da civilização: o nazismo.
Também na Alemanha e no mesmo ano é lançado O Processo, de Franz Kafka, que ainda hoje identifica as angústias do homem moderno: as sensações de beco sem saída e de absurdo. E o que impressiona é que 73 anos depois o tema kafkiano é cada vez mais actual.
Em Bruxelas, no ano de 1931, nasce Tintin. O autor, Hergé, publicava o primeiro álbum, intitulado Tintin no País dos Sovietes, onde o repórter Tintin, sempre acompanhado pelo seu Milou, vive a sua primeira aventura.
Também em 1931, mas em Londres, Virginia Woolf publica As Ondas, um dos livros que, como acontece em Ulysses, de James Joyce, utiliza a corrente de consciência nas personagens. 
Numa linha completamente diferente surge, em 1932, a grande obra de Aldous Huxley intitulada Admirável Mundo Novo. Nela, o autor imagina uma sociedade a 600 anos de distância onde a história e a família foram abolidas e os seres humanos são condicionados na inteligência. 
Em 1936, no coração de Nova Iorque, John Keynes leva às bancas o livro Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, considerado por muitos o economista mais influente do século xx.
Se exceptuarmos a Bíblia, o livro mais vendido ainda hoje nos Estados Unidos é E Tudo o Vento Levou, de Margaret Mitchell, que foi lido pela primeira vez em 1936. Como amplamente se sabe a história centra-se na personagem Scarlett O’Hara, que se transforma de menina mimada numa mulher de coragem e determinada.
Bertolt Brecht, em 1938, maravilha-nos, duma perspectiva marxista, com o livro Mãe Coragem e os Seus Filhos, que narra as aventuras de uma mercadora que percorre várias frentes de guerras na vã esperança de arranjar dinheiro, acabando por perder os seus filhos. 
Um ano depois, em 1939, John Steinbeck lançaria aquele que é considerado um dos livros marcantes do romance norte-americano: As Vinhas da Ira. De uma forma subtil e sensível, embora violenta, Steinbeck relata a pobreza do proletariado e as injustiças sociais no período de depressão económica. O livro, que serviu de grito mudo para muitos trabalhadores, chegou a estar proibido em muitos estados norte-americanos.
Em 1940 é Ernest Hemingway que retrata a Guerra Civil de Espanha e a luta contra o franquismo, através da obra Por Quem os Sinos Dobram. Notável pela vivacidade descritiva, a obra coloca em relevo o papel insubstituível do heroísmo individual (do personagem Robert Jordan) e do sacrifício de um homem em nome de um ideal que o ultrapassa.
O brasileiro Carlos Drummond de Andrade lança o livro Sentimento do Mundo em 1940, representando a maturidade lírica e uma sabedoria angustiada e serena. É, sem dúvida, um dos casos mais bem conseguidos de poesia carregada de emotividade e de sentido lírico.

1940 - 1950

Com o final da Segunda Grande Guerra, em 1945, a esperança renasce numa Europa mutilada, mas com vontade de se erguer. A Europa deixa de ser o centro do mundo, e são agora as duas superpotências emergentes, os Estados Unidos e a União Soviética, que se digladiam pelo poder e pelo reconhecimento mundial. Em 1943, Saint-Exupéry, piloto da aviação francesa, através do seu grande êxito O Principezinho, oferece ao mundo, através das crianças, uma mensagem de amor para os adultos. Dois anos depois, Karl Popper, filósofo austríaco, edita A Sociedade Aberta e os Seus Inimigos, como expressão da sua acérrima defesa dos regimes democráticos pluralistas. 
Originariamente intitulado A Casa das Traseiras, mas mundialmente conhecido como O Diário de Anne Frank, este livro, escrito por uma adolescente judia alemã, narra o período em que ela e mais oito pessoas se mantiveram escondidas das forças nazis numa pequena cave em Amesterdão. 
Nos finais da década de 50, Benjamin Spock, experiente em pediatria e psiquiatria e o autor mais famoso de livros de puericultura, recentemente falecido, edita O Livro do Senso Comum de como Cuidar de Bebés e Crianças, uma verdadeira Bíblia seguida por várias gerações de pais, cuja particularidade mais interessante reside no facto de aconselhar os pais a confiarem na sua intuição e bom senso para crescerem juntamente com os seus filhos. Em 1949, também o feminismo assiste ao nascimento da sua Bíblia, escrita pela caneta caprichosa de Simone de Beauvoir. O Segundo Sexo poderá ser considerado como o primeiro ensaio sério acerca da emancipação feminina, e o êxito que obteve deve-se, em parte, ao escândalo que causou, tendo sido proibido pelo Vaticano e vorazmente lido por uma grande maioria de mulheres. A sombra do totalitarismo, que escureceu a vida de tanta gente durante os anos do nazismo, adquire um novo cenário criado pelo famoso George Orwell no seu não menos famoso 1984. O mundo seria regido por um poder único, controlado pelo Big Brother, que vigiaria todos os nossos passos e não deixaria lugar para qualquer tipo de privacidade. 
Pela Estrada Fora, de Jack Kerouac, espelha a revolta pelo conservadorismo social, enaltecendo os valores dos sentidos, da vivência do maior número de experiências possível, através de uma viagem sem destino, na qual o sexo, as drogas e a satisfação pessoal representam a única norma a seguir. Este livro viria a influenciar o movimento de contracultura americana, que iria atingir o seu ponto máximo na década de 60.

1960 - 1970

As décadas de 60 e 70 são profundamente marcadas por uma alteração radical das normas de comportamento vigentes até então, alteração esta levada a cabo essencialmente pela camada jovem da população.
Em 1961 é finalmente autorizada a publicação do livro proibido de Henry Miller Trópico de Câncer, 27 anos depois de ter sido editado semiclandestinamente em Paris. Henry Miller e a sua obra influenciaram a visão da sexualidade contemporânea, enaltecendo os valores do erotismo, até à data mantido escondido dos olhos e das mentes humanas. Fazendo jus à invasão da corrente estruturalista nas ciências sociais, As Palavras e as Coisas, de Michel Foucault, não pretende ser uma história das ciências humanas, mas antes um olhar sobre os mecanismos que subjazem à cultura ocidental, analisando a instauração e destruição da representação da realidade desde o Renascimento até à época contemporânea. 
Em 1966, e para celebrar a Revolução Cultural chinesa, é editado em Pequim o livro Citações do Presidente Mao Zedong, onde é exposto o essencial da doutrina marxista-leninista e a sua aplicação ao contexto chinês. 
É no ano de 1968 que Timothy Leary, psicólogo e professor em Harvard, a partir das suas experiências com LSD, edita A Política do Êxtase, livro que viria a ter uma enorme aceitação e influência junto das camadas mais jovens adeptas do movimento hippie. No mesmo ano, John Updike e o seu Casais permite uma viagem aos bastidores da América permissiva que, nos anos 60, clama pelo quebrar da moral sexual, estimulando o adultério e a vivência de novas experiências eróticas. A partir da análise de cartas, relatos ou memórias de mais de 200 pessoas e da sua própria experiência num campo de trabalho siberiano, Aleksandr Soljenitsin relata-nos no livro Arquipélago de Gulag as atrocidades cometidas contra os opositores do regime soviético, dando a conhecer ao mundo a tremenda repressão a que estes estavam submetidos, repressão essa cuidadosamente escondida do exterior. 
Constituindo um verdadeiro sucesso literário, o romance O Nome da Rosa, de Umberto Eco, é publicado em 1980, marcando a estreia do semiólogo e ensaísta na área da ficção. Confrontando o racional e o irracional, a história passa-se num convento do século xiv, onde são cometidos vários assassinatos, juntando o romance policial ao histórico e obrigando a uma reflexão sobre a sempre enigmática época medieval.

1980 - 1998

Os últimos 20 anos do século têm-se revelado bastante profícuos não só em termos literários mas essencialmente em acontecimentos que acabaram por transformar radicalmente o mundo em que vivemos. Basta lembrar o processo da Perestroika, da reunificação alemã e do fim do apartheid. 
Em termos literários honras a Fernando Pessoa e ao seu semi-heterónimo Bernardo Soares, pois os dois volumes do Livro do Desassossego («este livro é um gemido») só em 1981 foram finalmente reunidos e editados. Mas o início da década de 80 também premiou outro dos autores mais representativos da nova literatura, José Saramago. A obra Memorial do Convento (1982) ficará para sempre como uma crónica histórica do século xviii, polvilhada com os pós sobrenaturais de Blimunda de Jesus. 
Quem surpreendeu o mundo em 1983 foi o então checoslovaco Milan Kundera através de um livro delicioso intitulado A Insustentável Leveza do Ser. Nele, Kundera aborda as relações de um triângulo amoroso ao mesmo tempo que nos conta a sua visão da evolução política do seu país, incluindo a tristemente famosa «Primavera de Praga». 
Em 1984 Marguerite Duras, já com idade avançada, publica O Amante, que não é mais do que uma fantástica narrativa autobiográfica.
Para muitas pessoas o primeiro contacto com Stephen Hawking deu-se com a edição, em 1988, da obra Breve História do Tempo, em que o brilhante físico britânico nos conta as suas ideias sobre o espaço e o tempo. 
Sinal de que os fundamentalismos religiosos estão cada vez mais perigosos foi a perseguição que o escritor anglo-indiano Salman Rushdie sofreu a partir do momento em que editou Os Versículos Satânicos, em 1988. A obra, que fantasia certos passos da vida do profeta Maomé, provocou a ira de milhões de muçulmanos, que o condenaram à morte. Por essa razão continua a viver na clandestinidade e sob a protecção do Governo britânico.
Fruto da tragédia da sida, Hervé Guibert, seropositivo e posteriormente doente efectivo da síndroma, edita em 1990 a obra Ao Amigo Que Não Me Salvou a Vida, com um rigor e uma emocionalidade que espantaram e comoveram todos os leitores. Um ano depois a doença provocou-lhe, implacavelmente, a morte.
Finalmente, em 1992, o livro das novas tecnologias, que tanto mudaram a face do mundo e a forma como as pessoas e as empresas se movimentam nele: Toda a Internet: Guia do Utilizador e Catálogo, de Ed Krol. É considerada a primeira grande obra solidamente científica sobre a rede mundial de comunicações.

100 Livros do Seculo XX

. A Interpretação dos Sonhos, Sigmund Freud
. Três Irmãs, Anton Tchekcov
. A Maravilhosa Viagem de Nils Holgersson pela Suécia, Selma Lagerlöf
. O Pequeno Nemo no Reino dos Sonhos, Winsor McCay
. Tratado da Radioactividade, Marie Curie
. Em Busca do Tempo Perdido, Marcel Proust
. Platero e Eu, Juan Jiménez
. Curso de Linguística Geral, Ferdinand de Saussure
. A Casa e o Mundo, Rabindranath Tagore
. Cantos, Erza Pound
. Chéri, S. G. Colette
. Clepsydra, Camilo Pessanha
. Seis Personagens à Procura de Autor, Luigi Pirandello
. O Significado da Relatividade, Albert Einstein
. A Terra Sem Vida, T. S. Eliot
. Ulysses, James Joyce
. Tractatus Logico-Philosophicus, Ludwig Wittgenstein
. Sonetos a Orfeu, Rainer Maria Rilke
. Manifesto do Surrealismo, André Breton
. A Montanha Mágica, Thomas Mann
. Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada, Pablo Neruda
. A Minha Luta, Adolf Hitler
. O Processo, Franz Kafka
. O Assassínio de Roger Ackroyd, Agatha Christie
. O Ser e o Tempo, Martin Heidegger
. Romanceiro Cigano, Frederico García Lorca
. O Som e a Fúria, William Faulkner
. Tintin no País dos Sovietes, Hergé
. O Homem sem Qualidades, Robert Musil
. As Ondas, Virginia Woolf
. Viagem ao Fim da Noite, Ferdinand Céline
. Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley
. A Condição Humana, André Malraux
. Um Estudo da História, Arnold Toynbee
. Poemas, Konstandinos Kavafis
. Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, John Keynes
. E Tudo o Vento Levou, Margaret Mitchell
. África Minha, Karen Blixen
. Mãe Coragem e os Seus Filhos, Bertolt Brecht
. À Beira do Abismo, Raymond Chandler
. As Vinhas da Ira, John Steinbeck
. Por Quem os Sinos Dobram, Ernest Hemingway
. Sentimento do Mundo, Carlos Drummond de Andrade
. O Estrangeiro, Albert Camus
. A Família de Pascual Duarte, Camilo José Cela
. O Principezinho, Saint-Exupéry
. O Ser e o Nada, Jean Paul Sartre
. Poesia, Sophia de Mello Breyner Andresen
. Ficções, Jorge Luís Borges
. A Sociedade Aberta e os Seus Inimigos, Karl Popper
. O Livro do Senso Comum de como Cuidar de Bebés e Crianças, Benjamin Spock
. O Diário de Anne Frank, Anne Frank
. Debaixo do Vulcão, Malcom Lowry
. As Mãos e os Frutos, Eugénio de Andrade
. O Segundo Sexo, Simone de Beauvoir
. Confissões de Uma Máscara, Yukio Mishima
. 1984, George Orwell
. Memórias de Adriano, Marguerite Yourcenar
. À Espera de Godot, Samuel Beckett
. O Ofício de Viver, Cesare Pavese
. A Cantora Careca, Eugène Ionesco
. A Sibila, Agustina Bessa-Luís
. Lolita, Vladimir Nabokov
. Grande Sertão: Veredas, João Guimarães Rosa
. Trilogia do Cairo, Naguib Mahfouzl
. Pela Estrada Fora, Jack Kerouac
. Gabriela, Cravo e Canela, Jorge Amado
. A Região Mais Transparente, Carlos Fuentes
. O Quarteto de Alexandria, Lawrence Durrell
. Astérix, o Gaulês, René Goscinny
. A Colher na Boca, Herberto Helder
. Trópico de Câncer, Henry Miller
. O Espião Que Saiu do Frio, John Le Carré
. A Rosa de Ninguém, Paul Celan
. Negritude e Humanismo, Léopold Senghor
. Ensaios Críticos, Roland Barthes
. As Palavras e as Coisas, Michel Foucault
. Citações do Presidente Mao Zedong, Mao Zedong
. A Escrita e a Diferença, Jacques Derrida
. Cem Anos de Solidão, Gabriel García Márquez
. A Balada do Mar Salgado, Hugo Pratt
. A Política do Êxtase, Timothy Leary
. Casais, John Updike
. A Dupla Hélice, James Watson
. Arquipélago de Gulag, Aleksandr Soljenitsin
. Portugal e o Futuro, António de Spínola
. Relatório Sobre a Sexualidade Feminina, Shere Hite
. A Condição Pós-Moderna, Jean François Lyotard
. Sinais de Fogo, Jorge de Sena
. O Nome da Rosa, Umberto Eco
. Livro do Desassossego, Fernando Pessoa
. Memorial do Convento, José Saramago
. Para Sempre, Vergílio Ferreira
. A Insustentável Leveza do Ser, Milan Kundera
. O Amante, Marguerite Duras
. Menos Que Zero, Brett Easton Ellis
. Breve História do Tempo, Stephen W. Hawking
. Os Versículos Satânicos, Salman Rushdie
. Ao Amigo Que Não Me Salvou a Vida, Hervé Guibert
. Toda a Internet: Guia do Utilizador e Catálogo, Ed Krol


Link Original.
Escolha realizada por ocasião da Expo 98