sábado, 30 de janeiro de 2010

Una universidad

O filósofo espanhol Emilio Lledó, que é tão catedrático como Santos Juliá, teme-o afirma sem hesitações que «una universidad pragmatica es la muerte del saber, de la cultura, y es el peor servicio que se le pude hacer a nuestra sociedad» (El País, 11/7/1998) (…)

A prestação de serviços à comunidade exorta as universidades a colaborarem com as autarquias e as empresas das zonas onde estão sediadas. É um propósito edificante, sem dúvida, mas tem limites. Os laboratórios universitários existem para fazer investigação fundamental, não para solucionar problemas fabris de organização ou racionalização da produção. Os industriais não podem pretender orientar ou condicionar a investigação universitária, mesmo que utilizem poderosos argumentos e natureza economicista. As faculdades, por seu turno, têm de resistir às promessas de lucro imediato, porque essa lógica é empresarial e não científica (…).

A garantia de saídas profissionais para os cursos superiores, que nunca foi uma incumbência da instituição universitária desde os tempos medievos até à actualidade (as faculdades não são agências de emprego), tornou-se nos dias de hoje uma espécie de obrigação moral para as universidades de todo o mundo. Julgo que nenhuma faculdade do nosso país se alheou da questão e, dentro das suas possibilidades (que são escassas, porque a universidade portuguesa nunca teve poder de decisão a nível económico e nos últimos quinze anos perdeu boa parte de influência que historicamente sempre exerceu junto dos políticos), todas tentam garantir um futuro profissional digno para os seus licenciados. Mas, convenhamos, a tarefa não é fácil, pois a frágil economia portuguesa não garante a existência de um grande número de postos de trabalho destinado aos especialistas universitários, bastando duas ou três licenciaturas para esgotar as carências momentâneas existentes num determinado sector. Reaparecem, então, as notícias nos jornais sobre os «doutores no desemprego».

Nessa altura tomam-se decisões precipitadas e patéticas. Na ânsia de encontrarem colocação no mercado de trabalho para os seus diplomados, as faculdades criam novos cursos com designações apropriadas para as circunstâncias imediatas, adoptando critérios que têm muito a ver com o marketing e pouco com a ciência, a técnica ou a cultura.”

Manuel F. Canaveira, Referência bibliográfica: Canaveira, M.F. (1998). As ficções neo-liberais. Ler, n.º43, 44-47 e 126-127.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Iberismos

Durante o seu longo processo histórico, verificaram-se vários modelos de organização política da Península Ibérica. Variaram entre a existência de um único poder político peninsular, até à coexistência de mais de uma dúzia de Estados independentes.
O modelo "visigótico" caracteriza-se por uma península unipolar. Existiu por pouco tempo (cerca de um século), quando os visigodos alargaram o seu poder a toda ela; repetiu-se imediatamente depois de concluída a conquista muçulmana (por um período de tempo ainda menor); e a última Ibéria unificada, a dos Filipes, é também historicamente breve (1580 - 1640).
Igualmente, o modelo das "Taifas", com a península muito fragmentada, pelo aparecimento de uma multiplicidade de micro reinos (sobretudo islâmicos) durante o século XI, nem chega a atingir o fim desse século, com a chegada dos Almorávidas, que reunificaram politicamente o território islâmico.

Estas duas situações extremas foram todas de uma duração breve, como se houvesse algo que impulsionasse para a fragmentação política, no primeiro caso, e para a unificação, no segundo.

Os modelos mais frequentes, mais duráveis e de maior estabilidade registaram-se com a convivência de várias (entre três a seis) unidades políticas e/ou administrativas. O exemplo clássico desse modelo, que poderemos designar por "romano", manteve-se nos 500 anos da existência do Império (3 a 5 províncias); regressou durante os últimos duzentos anos do final da Idade Média (5 reinos) até à unificação espanhola e à extinção do reino de Granada (1492).
Tratava-se de uma situação multipolar, em que as unidades por que a península se repartia dependiam principalmente do potencial que produziam e também do jogo estratégico das suas relações (no caso do período medieval). Todos os pólos tinham uma dependência política de um centro que lhes era exterior. De forma evidente quando Roma era capital do Império, de forma mais subtil quando esta passou a ser a sede da cristandade.

O modelo a que chamamos "de Tordesilhas" prevaleceu, grosso modo, a partir da data (1494) em que foi assinado o tratado com o mesmo nome, até à actualidade. Traduz-se numa Ibéria bipolar (Portugal, um Estado nacional, e Espanha, um Estado plurinacional), em que os potenciais estratégicos dos dois países, bem diferentes na península, são exponenciados pelas fatias de mundo que, respectivamente, descobriram e colonizaram, de tal modo que se tornaram praticamente a principal, quase única fonte dos seus rendimentos. A progressiva ascensão de outras potências europeias, que lhes iam reduzindo os territórios de exploração, e as sucessivas descolonizações que se viram obrigados a fazer, enfraqueceram-nos.
A liquidação dos impérios coloniais produziu efeitos que permitem afirmar que o modelo de "Tordesilhas" (península bipolar) se encontra em crise. Que se deve também ao novo contexto surgido com o final da guerra fria - globalização, desaparecimento das fronteiras para os movimentos de pessoas, bens e capitais no interior da península, por efeito da pertença dos seus dois Estados à União Europeia, alinhamento estratégico idêntico nas principais questões internacionais, com a Espanha a voltar-se para o Atlântico quando tradicionalmente preferia o continente. Todos estes factores colocam desafios tais à organização política peninsular actual, que não admira que o modelo de Tordesilhas esteja a ser posto em causa.

Aqui chegados, três hipóteses se levantam: manter-se o modelo actual, apesar dos ataques violentos a que está a ser sujeito; ser substituído por um único Estado alargado a toda a península, pela absorção de Portugal pela Espanha; ou caminhar-se para um modelo do tipo romano, com uma ordem regional multipolar, constituída por três, quatro ou cinco unidades políticas independentes, em que as regiões espanholas com maior identidade nacional e mais ricas assumem o poder político, - Portugal, e, eventualmente: o remanescente do actual Estado espanhol, País Basco, Catalunha, Andaluzia e Galiza, todas dirigidas em parte por um poder regulador exterior à região (órgãos institucionais da União Europeia).

Os actuais factores dominantes que, provavelmente, ditarão o sentido da evolução são: o desaparecimento das fronteiras, por via da UE; e, porventura, o posicionamento de cada um dos Estados peninsulares relativamente aos EUA, enquanto única superpotência, combinado com a forma como ela olhar para a península.

O primeiro parece-me o decisivo. Em termos económicos, a Ibéria já é multipolar. Na Espanha, por virtude da artificialidade geométrica do seu centro político que surgiu apenas por motivos político-estratégicos, os grandes centros periféricos, onde a península produz riqueza, tendem a constituir pólos em competição. Esta competição pode conduzir à diminuição do poder político da capital, como parece estar a ser tentado. O que é susceptível de conduzir ao perigo de fragmentação, se as políticas do centro forem demasiado assertivas, típicas de quem está na defensiva, em vez de se limitarem às linhas essenciais, para a impedir. Muitos já prenunciam que o rei se transformará no único elemento unificador. As regiões centrais, mais pobres, que gravitam à volta do centro geométrico e deste facto beneficiam, reagirão.

A actual multipolaridade económica abrange Portugal, por força das regras da União. Terá de competir arduamente com os outros poderosos pólos existentes, como a Catalunha e o País Basco (no futuro, eventualmente outros), entre os quais Madrid, simultaneamente núcleo político. Portugal, relativamente aos restantes, com excepção de Madrid, tem a vantagem de ter também poder político, mas pode enfraquecer se perder a competição económica. O essencial depende do resultado do jogo económico, que está na mão dos portugueses com voz activa nas empresas, especialmente das nacionais. O Estado português apenas deverá limitar-se a fazer aquilo que os restantes Estados da UE fazem, seguindo o exemplo de Madrid. Ou seja, o futuro está nas nossas mãos. Poderemos ter as mesmas vantagens dos outros, caso saibamos aproveitar as oportunidades que se criaram pela abertura dos mercados à nossa ambição.

As condições são-nos mais favoráveis que a Madrid. Enquanto este centro tenderá a perder poder político, por efeito do jogo económico, nós poderemos aumentá-lo, pelo mesmo motivo. Mas também poderemos perdê-lo. O que ditará o futuro.
Dispomos de vantagens que sobressaem. Uma é a recomposição do espaço, em termos de atracções e repulsões, propiciado pelo fim das fronteiras, em função, já não do factor político geométrico, mas sim do potencial de riqueza das regiões. O hinterland de toda a costa ocidental da península tenderá a ser atraído pelo mar, o que envolve grande parte da Estremadura e da região de Leon. O Norte português pode transformar-se num importante pólo de atracção do Noroeste Peninsular. Adoptemos nós políticas activas de ordenamento, que contrariem a lógica da centralidade geométrica, e promovam as ligações periféricas na península (também desejadas pelos outros pólos naturais) e as ligações directas à planície europeia, e às economias das duas margens do Atlântico (Norte e Sul) e dos países europeus para lá da Espanha. Além de sermos sagazes e eficientes no jogo político e económico de compensação e de afirmação, com os poderes que marginam o Atlântico, especialmente os EUA e o Reino Unido, além do Noroeste africano, Brasil e Angola, sem esquecer a Ásia.

Em suma, está nas nossas mãos que o futuro seja, no mínimo, a manutenção do actual modelo. Existem condições para o tornarmos menos assimétrico. Se as políticas assertivas de Madrid se acentuarem, poderemos ser confrontados com uma transição para uma multipolaridade complexa, susceptível de custos elevados, pelo que, para os minimizar, devemos prever que atitudes promover nesta hipótese. Não parece provável que alguém esteja interessado, muito menos tenha condições de impor um modelo unipolar, que seria desastroso para todos.

Se formos sábios e prudentes, manter-se-á o actual modelo bipolar mas menos desequilibrado, em que Portugal conviverá com um Estado espanhol despojado de muito do seu poder económico e politicamente mais débil.

Desconheço a origem...

Direita e esquerda

O uso mais comum da dicotomia esquerda / direita é como tradição identitária, assente na história política e ideológica dos últimos 200 anos, do mundo que emergiu do duplo processo da Revolução Francesa e da Revolução Industrial. Poderia ser enunciado assim: eu sou de esquerda ou de direita porque defendo as posições A e B, que historicamente foram associadas à esquerda ou à direita. Reconstruo assim a minha identidade pelas palavras, no seu uso histórico, que ainda permanece vivo na tradição actualizada. Há um forte componente afectivo nessa enunciação, um sentimento de pertença a uma família, a uma parte, a uma tradição, que transporta os seus ícones, os seus símbolos, os seus textos, as suas canções, o seu modo de "ser".
Começando a partir daqui, deste sentimento de pertença, em parte volitivo porque é uma escolha, noutra "de classe" ou de grupo porque fruto de uma história que "tomou partido", encontramos logo uma ambiguidade. Essa ambiguidade levaria a que fosse mais exacto enunciar a pertença nestes termos: eu sou de esquerda ou de direita porque defendo as posições A e B, que hoje estão associadas à esquerda ou à direita. Hoje, e não necessariamente ontem, porque a dicotomia reconstruiu-se ela própria historicamente e enuncia-se nos dias de hoje de forma diferente de ontem. Se quiséssemos ser mais rigorosos, teríamos que concluir que a dicotomia esquerda/direita, como é hoje utilizada de forma identitária, é pós-Maio 68, feita pela conjunção dos movimentos políticos radicais à volta desse ano e com a emergência de uma cultura juvenil de massas, geradora de ícones e símbolos poderosos.

Um caso típico das ambiguidades sobre a esquerda/direita tem a ver com a posição liberal face aos "costumes", tradicionalmente associada à esquerda. O liberalismo dos costumes só nos dias de hoje, depois de Maio de 68, é que é claramente ligado à esquerda. É verdade que alguns minoritários grupos anarquistas e radicais defendiam o amor livre, e as práticas anticoncepcionais, o "neo-malthusianismo", desde o início do século XX, mas basta ler a imprensa operária, e as suas injunções contra a "corrupção" moral da burguesia, os seus comentários sobre a embriaguez, e a prostituição, para encontrar um forte moralismo conservador que hoje deixaria a Igreja católica a parecer um centro de libertinagem. O próprio movimento comunista sempre foi tradicionalmente, até por herança do movimento operário oitocentista, muito conservador quanto aos costumes. De novo, é o movimento esquerdista de Maio 68 que retorna à valorização de autores como Reich, ou a momentos como o dos anos 20 na legislação soviética, esquecendo que estes não tiveram qualquer continuidade posterior, mais caracterizada pela forte repressão contra a homossexualidade ou pelo ataque à "dissolução" dos costumes. A legislação, aparentemente mais liberal quanto ao aborto ou ao planeamento familiar, dos países comunistas associava-se muito mais, como na China, a políticas de controlo da população do que a qualquer liberalismo dos costumes. (A ideia, muito portuguesa, que a distinção entre os defensores e críticos do aborto se faz entre a esquerda e a direita esquece o óbvio: que é muito mais importante nessa distinção a religião do que a política, e que, em muitos países que não são católicos, o problema está longe de se colocar nos mesmos termos. Esquece outras coisas que a leitura do Avante! dos anos 30 ou a tese académica de Cunhal sobre o aborto deveria lembrar.)

Outro aspecto desta reconstrução para o passado das dicotomias do presente, é a que considera a tradição ecológica na esquerda. A crítica ecológica, resumida de forma genérica como uma crítica ao modelo de industrialização ocidental, a favor de outros modelos alternativos menos predatórios dos recursos e voltando a uma visão mais "natural" da vida, seria tratada de reaccionária e anarquizante (no sentido de utópica e "rural") pela esquerda europeia até muito recentemente. O modelo de crescimento "socialista" era baseado exactamente no mesmo conceito predatório do capitalismo industrial, levando ainda mais longe a adoração da "electricidade" (em Lenine) para uma apologia do cientismo, na chamada "revolução técnico-científica" de que se gabava a RDA. Esta visão da industrialização estendia-se ao próprio modelo da sociedade como fábrica, elevando o sistema Taylor à forma suprema de "organização científica do trabalho". Stakhanov e Taylor, os "sovietes" e a "electricidade", a política e a tecnologia.

Para confundir a falsa clareza da identidade esquerda/direita não faltam exemplos. Eles parecem provocatórios porque o retorno que hoje se dá em Portugal à enunciação identitária pela dicotomia esquerda/direita só se pode fazer iludindo os grandes momentos traumáticos da história dessas palavras. A esquerda portuguesa não consegue pensar o comunismo; a direita o fascismo e, em particular, o nazismo. Ambas chegam ao absurdo de dizer que o "estalinismo era de direita e uma ruptura com a verdadeira esquerda" e que o nazismo, como "colectivismo totalitário", era de esquerda. A esquerda hoje diz que nada tem a ver com o comunismo e a direita com o fascismo, o que é uma forma de serem 'fukuyamistas' involuntários. A partir daqui tudo passa a ser confuso: no PC Chinês o que é que valorizamos, o impulso para a economia de mercado, ou a estrutura totalitária do poder? Em Pinochet o que é que valorizamos, a liberdade económica ou a ditadura política? Os bispos progressistas brasileiros são de esquerda porque defendem a reforma agrária, ou de direita porque são contra o aborto? Por aí adiante.

Concluo como comecei: a dicotomia esquerda/direita não tem hoje qualquer utilidade para olharmos para o mundo de forma criativa. O mundo que a originou acabou quando o legado da Revolução Francesa e da Revolução Industrial deixou de ser o pilar da contemporaneidade. Os "factos incómodos", de que Thomas S. Kuhn falava para as teorias científicas, foram pouco a pouco dissolvendo esse mundo: a bomba termonuclear acabou com a "guerra como continuação da política por outros meios" e mostrou a impossibilidade de uma "luta de classes" mundial sem apocalipse, as ideias de Malthus ganharam um novo fôlego com a crítica ecológica, o fundamentalismo religioso introduziu de novo a diferenciação cultural-civilizacional como mais importante do que o conflito "económico", etc. etc. Há tanta coisa para ver de novo, está na altura de ser curioso outra vez.
Historiador

Por José Pacheco Pereira em 28 de Outubro de 2004.

Top 10 Things

The Top 10 Things They Never Taught Me in Design School

1. Talent is one-third of the success equation.
Talent is important in any profession, but it is no guarantee of success. Hard work and luck are equally important. Hard work means self-discipline and sacrifice. Luck means, among other things, access to power, whether it is social contacts or money or timing. In fact, if you are not very talented, you can still succeed by emphasizing the other two. If you think I am wrong, just look around.
2. 95 percent of any creative profession is shit work.
Only 5 percent is actually, in some simplistic way, fun. In school that is what you focus on; it is 100 percent fun. Tick-tock. In real life, most of the time there is paper work, drafting boring stuff, fact-checking, negotiating, selling, collecting money, paying taxes, and so forth. If you don’t learn to love the boring, aggravating, and stupid parts of your profession and perform them with diligence and care, you will never succeed.
3. If everything is equally important, then nothing is very important.
You hear a lot about details, from “Don’t sweat the details” to “God is in the details.” Both are true, but with a very important explanation: hierarchy. You must decide what is important, and then attend to it first and foremost. Everything is important, yes. But not everything is equally important. A very successful real estate person taught me this. He told me, “Watch King Rat. You’ll get it.”
4. Don’t over-think a problem.
One time when I was in graduate school, the late, great Steven Izenour said to me, after only a week or so into a ten-week problem, “OK, you solved it. Now draw it up.” Every other critic I ever had always tried to complicate and prolong a problem when, in fact, it had already been solved. Designers are obsessive by nature. This was a revelation. Sometimes you just hit it. The thing is done. Move on.
5. Start with what you know; then remove the unknowns.
In design this means “draw what you know.” Start by putting down what you already know and already understand. If you are designing a chair, for example, you know that humans are of predictable height. The seat height, the angle of repose, and the loading requirements can at least be approximated. So draw them. Most students panic when faced with something they do not know and cannot control. Forget about it. Begin at the beginning. Then work on each unknown, solving and removing them one at a time. It is the most important rule of design. In Zen it is expressed as “Be where you are.” It works.
6. Don’t forget your goal.
Definition of a fanatic: Someone who redoubles his effort after forgetting his goal. Students and young designers often approach a problem with insight and brilliance, and subsequently let it slip away in confusion, fear and wasted effort. They forget their goals, and make up new ones as they go along. Original thought is a kind of gift from the gods. Artists know this. “Hold the moment,” they say. “Honor it.” Get your idea down on a slip of paper and tape it up in front of you.
7. When you throw your weight around, you usually fall off balance.
Overconfidence is as bad as no confidence. Be humble in approaching problems. Realize and accept your ignorance, then work diligently to educate yourself out of it. Ask questions. Power – the power to create things and impose them on the world – is a privilege. Do not abuse it, do not underestimate its difficulty, or it will come around and bite you on the ass. The great Karmic wheel, however slowly, turns.
8. The road to hell is paved with good intentions; or, no good deed goes unpunished.
The world is not set up to facilitate the best any more than it is set up to facilitate the worst. It doesn’t depend on brilliance or innovation because if it did, the system would be unpredictable. It requires averages and predictables. So, good deeds and brilliant ideas go against the grain of the social contract almost by definition. They will be challenged and will require enormous effort to succeed. Most fail. Expect to work hard, expect to fail a few times, and expect to be rejected. Our work is like martial arts or military strategy: Never underestimate your opponent. If you believe in excellence, your opponent will pretty much be everything.
9. It all comes down to output.
No matter how cool your computer rendering is, no matter how brilliant your essay is, no matter how fabulous your whatever is, if you can’t output it, distribute it, and make it known, it basically doesn’t exist. Orient yourself to output. Schedule output. Output, output, output. Show Me The Output.
10. The rest of the world counts.
If you hope to accomplish anything, you will inevitably need all of the people you hated in high school. I once attended a very prestigious design school where the idea was “If you are here, you are so important, the rest of the world doesn’t count.” Not a single person from that school that I know of has ever been really successful outside of school. In fact, most are the kind of mid-level management drones and hacks they so despised as students. A suit does not make you a genius. No matter how good your design is, somebody has to construct or manufacture it. Somebody has to insure it. Somebody has to buy it. Respect those people. You need them. Big time.

by Michael McDonough